Confira a coluna Olho Vivo publicado no jornal Tribuna do Tapajós aos sábados
NEURA: 50 ANOS DE BENÇÃOS
Quem esteve no berço esta semana foi a jovem senhora Raimunda Neura que no último dia 12 de maio trocou de idade. Geralmente não costumamos revelar a idade das pessoas, mas quando se trata de alguém que não liga para o tempo e parece a mesma jovem de anos atrás, vale a pena dizer, a te para servir de incentivo às outras mulheres. Neura completou 50 anos de idade, mas com espírito de 20. Por isso, desejamos toda felicidade do mundo a ela para que possa viver muitos e muito anos, pois as pessoas boas merecem viver entre nós. Neura é auxiliar de enfermagem e membro atuante da igreja do bairro de Santana. Homenagem da Rui Neri e Família.
CONTRA O ESTADO DO TAPAJÓS
Respeitar a opinião de alguns deputados que são contrários a criação do Estado do Tapajós é normal, mas quando essa opinião contrária vem de uma senadora que nasceu na região Oeste do Pará, não dá pra entender. Foi o que aconteceu com a senadora Marinor Brito (PSol), filha de Alenquer, que se declarou contra o plebiscito sobre o desmembramento do Pará, dizendo que “há poucos elementos sobre a sustentabilidade econômica das regiões”. A declaração da senadora foi infeliz, pois até mesmo a população de Alenquer é favorável ao desmembramento. Nossa sorte é que ela não deve ficar muito tempo por lá, já que a vaga que ela exerce é de Jader Barbalho que deve retornar ao Senado em breve. Marinor perdeu uma grande oportunidade de fazer alguma coisa pela região onde ela nasceu. Quem sabe sendo favorável ela não poderia se eleger senadora por aqui, uma vez que pela Pará ela só está lá porque entrou pela janela, não teve votos suficientes para tal.
CARAJÁS NA FRENTE DO TAPAJÓS
Com o caráter de urgência na tramitação valendo para os ritos do Congresso Nacional, o projeto do senador Mozarildo Cavalcante que autoriza a realização do plebiscito para a criação do estado do Tapajós recebeu uma emenda de redação durante sua aprovação, hoje, na Câmara e por isso terá que retornar ao Senado Federal para ser ratificado, antes de ser promulgado. É que no texto original emendado na Câmara não constava o recém-criado município de Mojuí dos Campos e de outros 4 municípios do oeste paraense, cuja falha foi sanada através de uma emenda de redação de autoria do deputado Lira Maia (DEM-PA). Ao contrário do Tapajós, o plebiscito de Carajás teve aprovada sua redação final sem alterações e por isso já pode ser promulgado.
FALTA APOIO AO TAPAJÓS
A probabilidade do Estado do Tapajós ser aprovado no Senado é muito grande, mas agradeçam isso ao empenho particular de alguns abnegados que há muito tempo vêm lutando pela causa, às vezes sozinhos por culpa deles mesmos que parece quererem decidir o “jogo” sem a companhia de outras pessoas. Por outro lado, faltou apoio de todos os segmentos da sociedade. Só para se ter uma ideia, no dia a aprovação do projeto na Câmara dos Deputados, o coordenador do movimento em prol do plebiscito não foi a Brasília porque não tinha dinheiro para comprar sua passagem. Os que foram compraram a passagem com recursos próprios. Isso mostra que a consciência daqueles que deveriam ajudar ainda é mínima sobre o assunto, ou por falta de conhecimento ou por avareza mesmo. Enquanto isso, o pessoal que defende o Estado do Carajás estava com uma caravana de quase cem pessoas na capital federal.
QUAL O OBJETIVO DO PLEBISCITO?
Ainda há muita confusão entre as pessoas que moram na futura região a ser emancipada e transformada em no novo estado. Pensam que a nova unidade já foi aprovada em Brasília. Na verdade o que aconteceu foi a aprovação para a realização do plebiscito, ou seja, consulta popular, para saber se o povo quer ou não o novo estado. O que ainda não está claro é se os eleitores serão apenas do Oeste do Pará ou de todo estado do Pará. Se for o primeiro caso, certamente a criação do estado será aprovada, mas se a consulta tiver que ser feita em todo estado, terá que haver uma forte campanha porque é histórica a posição contrária dos belenenses em relação a esse projeto. Se a criação for aprovada no plebiscito aí sim, o governo federal decreta a criação do novo estado e o TSE autoriza a realização de eleição para escolha do governador, senadores, deputados federais, deputados estaduais e outras providências necessárias.
QUAL SERÁ O NOME DO NOVO ESTADO?
Um dos sérios problemas que os coordenadores do movimento em prol do novo estado é com relação ao nome (Tapajós). Muitas pessoas de outros municípios discordam da nomenclatura porque ela se refere ao rio Tapajós que banha apenas a cidade de Santarém. Para essas pessoas isso já seria uma demonstração de monopólio por parte de Santarém, ou seja, comentam que quem quer a criação do novo estado é Santarém e não os demais municípios envolvidos, para beneficiar políticos de Santarém. Entretanto, o que menos importa agora é o nome; o mais importante é criar o novo estado. Depois se faz uma nova consulta para definir o nome. Vale ressaltar que essa futura unidade federativa no Oeste do Pará já teve outros nomes sugeridos, como Estado do Baixo Amazonas. Tem gente já, pensando em nomes, como Estado Pará do Oeste, Estado Pará Novo, etc.
ONDE SERÁ A CAPITAL DO NOVO ESTADO?
Outra polêmica desnecessária que algumas pessoas mal intencionadas estão patrocinando é com relação a futura capital do novo estado. Se o critério para isso for a estrutura, não temos dúvida de que será Santarém, uma vez que a cidade é pólo desta região e tem uma estrutura capaz de abrigar, de imediato, a capital do novo estado. Porém, isso é também uma discussão que fica pra depois. Vamos primeiro criar o estado. O que não se pode é dar crédito para pessoas que nunca moveram uma palha pela causa agora quererem fazer média em cima da conquista. Não temo como, na minha sincera opinião, ser Monte Alegre, Óbidos, Juruti, a capital. Com relação a Itaituba e Altamira, acredito que essas cidades têm condições de abrigar a capital, porém, são cidades que ficam no extremo e o que precisamos é uma capital que fique numa posição central e nesse caso a que tem essa característica é Santarém.
ATRÁS DO PISO SALARIAL
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve em abril a lei que criou o piso nacional de salário do professor, fixado em R$ 1.187 reais e 97 centavos. A decisão considerou como piso a remuneração básica, sem acréscimos pagos de forma diversa pelos estados. Promulgada em 17 de julho de 2008, a norma estabelece que nenhum professor da rede pública pode receber menos que o piso nacional para uma carga horária de até 40 horas semanais. A lei deveria entrar em vigor ainda neste ano, em todos os municípios brasileiros. Mas nem todos atenderam a determinação, alegando falta de recursos. Um desses municípios é Santarém.
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