quarta-feira, 3 de março de 2010

Educação

UFPA e UFRA devem realizar novo vestibular

A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) deverá realizar novo vestibular para preencher 73 vagas que sobraram no processo seletivo de 2010. As vagas restantes são de cursos do interior do Estado, como os de zootecnia e agronomia em Parauapebas, e de agronomia em Paragominas.  Em 2009, duas vagas não foram preenchidas. O coordenador da instituição - Paulo Solto afirma que isso é um indicativo de que a qualidade de ensino no Brasil é deficiente.


“O vestibular é um indicativo de como anda o ensino no país. Também houve sobra na Ufpa (Universidade Federal do Pará), o que ratifica que o ensino está ruim”. Comentou Paulo Solto.


O índice de zeros na redação foi surpreendente, reafirmando que os alunos não sabem escrever, isso ocorre com estudantes provenientes de escolas públicas e privadas.


"Há uma deficiência muito grande no preparo, principalmente na língua portuguesa. O que notamos é que o nosso alunado não está lendo e por isso não sabe nem começar uma redação.” Analisa o coordenador da UFRA.


UFPA


A Universidade Federal do Pará é uma das instituições mais respeitadas no Pará, e tem o vestibular mais disputado do estado, e ainda assim 951 não foram preenchidas. De acordo com a presidente da Comissão Permanente de Processos Seletivos, Marlene Freitas, está sendo elaborada uma proposta a ser apresentada ao Conselho Superior de Ensino e Pesquisa.


“É muito provável que ocorra, porque o número de vagas é muito grande. Teve curso no interior em que foi aprovada apenas uma pessoa”. Explicou Marlene Freitas.


No processo seletivo do ano passado cerca de 313 vagas não foram preenchidas e um novo vestibular foi realizado. O problema se repetiu, mas o indíce de reporvação do último vestibular foi maior, só na terceira etapa a estimativa era de que sobrassem 500 vagas.


As vagas disponibilizadas poderão ser destinadas a outros cursos, campus, o perfil dos alunos.


“A universidade tem que repensar a oferta, verificar os cursos, o perfil de cada um e o local onde ele está sendo implantado”. Comentou Joaquim Maia coordenador pedagógico do Centro de Processo Seletivo (Ceps), que afirmou ainda que o não preenchimento de vagas está se tornando um fenômeno.


Grande parte dos cursos com sobra de vagas é do interior do Estado, como o de Física em Marabá e o de Ciências Sociais em Breves. O coordenador avalia também que a preparação dos alunos e o sistema de cotas colaboraram para o ocorrido.


“Na segunda fase muita gente foi cortada, porque já tinha zerado quatro disciplinas, sem contar com o nível da prova.” Disse Maia.





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